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Centro de imprensa

Mudanças climáticas: do desafio social à grande oportunidade de negócios

04 Junho 2021

  • Grande lacuna entre a percepção do risco climático entre as empresas e seu nível de preparação para gerenciá-lo.
  • Aumento da pressão de investidores e consumidores sobre a estratégia climática e sustentabilidade corporativa (ESG)
  • Colaboração público-privada, fundamental para alcançar uma gestão eficaz dos riscos climáticos.

O ano de 2020 demonstrou de forma conclusiva que a era do risco climático e ambiental apenas começou. Pela primeira vez em seus 15 anos de história, o Relatório de Riscos Globais do Fórum Econômico Mundial produzido em parceria com a Marsh McLennan, revelou que os 4 principais riscos por probabilidade e 3 dos 5 principais riscos por gravidade de seu impacto são relacionadas ao clima e ao meio ambiente. 

O fracasso em agir contra as mudanças climáticas está prestes a se tornar a próxima grande "pandemia" em nossa sociedade. “Nosso futuro passa necessariamente pela resiliência climática, e todos nós, indivíduos, governos e empresas, fazemos parte da solução. A colaboração entre os setores público e privado é fundamental para minimizar este risco, de grande probabilidade e impacto catastrófico”, afirma Flávio Ruiz, líder da Marsh Risk Consulting no Brasil.

De acordo com o recente relatório de Diagnóstico de Resiliência de Riscos, os riscos climáticos estão na vanguarda da agenda de negócios em nível global, sendo os consumidores e clientes os mais impactados por eles.

No entanto, existe uma grande lacuna entre a percepção da gravidade do risco e a preparação para gerenciá-lo. 

  • Embora 85% o considerem um risco-chave, 45% afirmam não possuir nenhum processo (ou o possuem ineficiente) para identificar, responder e implementar mudanças relacionadas aos riscos climáticos.
  • 40% não realizaram nenhum teste de estresse para quantificar o impacto financeiro dos riscos climáticos
  • Entre 20-30% acreditam que os riscos climáticos não afetam suas principais áreas de negócios.

Aumento do risco e pressão socioeconómica também trazem oportunidades

A mudança climática está redesenhando o cenário de risco e os desafios para empresas, governos e instituições financeiras são enormes. Além disso, a pressão de investidores, acionistas, ativistas sociais e consumidores em relação às estratégias de sustentabilidade das empresas continua crescendo exponencialmente. “Assim, os relatórios ESG sobre os aspectos ambientais, sociais e de boa governança de uma empresa estão ganhando cada vez mais peso em relação aos puramente financeiros. As pessoas querem saber se as empresas estão sendo, ou querem ser, parte do problema ou da solução”, acrescenta Ruiz.

Mas, ao mesmo tempo, este grande desafio global está criando novas oportunidades para as empresas, desde motivar e atrair talentos, aumentar a eficiência dos recursos, desenvolver novos bens e serviços de baixo carbono e fornecer maior valor aos stakeholders e às comunidades.

Diante desse novo panorama, as empresas devem colocar no centro de sua estratégia a construção de uma verdadeira resiliência climática com uma forte liderança corporativa, capaz de gerenciar o risco de forma integral. “Antecipar o risco, quantificar o seu impacto nas diferentes áreas de negócio, bem como as possíveis perdas associadas, é a chave para esse futuro sustentável que todos almejamos”, diz o especialista. 

Como se constrói uma empresa resiliente?

  1. Com liderança responsável para promover estratégias de gestão de risco
  2. Compromisso e coordenação entre todas as áreas da empresa para alinhar os riscos de forma abrangente,
  3. Formação de comitês de risco, com representação das unidades de negócios e equipes adjacentes ao risco, como segurança e compliance, para garantir que todos os riscos operacionais sejam considerados
  4. Alinhamento da avaliação de risco com a estratégia corporativa em uma visão de médio e longo prazo, ou seja, integração da resiliência e do risco no planejamento e na estratégia do negócio.

Conforme observado no Relatório ESG de Marsh McLennan, a melhor maneira de implementar uma cultura resiliente é seguir um modelo que:

Antecipar os riscos

Gerir os riscos

Sucesso na transição

Usando modelos líderes da indústria e novas metodologias, os impactos financeiros das mudanças climáticas devem ser identificados e quantificados, desde a mudança dos riscos de desastres naturais até mudanças regulatórias e tecnológicas e a criação de novos mercados.

Desenvolver estruturas de gestão de risco climático e estratégias de investimento, como orçamento de capital alinhado ao clima e estratégias de investimento, seguro paramétrico e transferência alternativa de risco, entre outros.

Desenvolver estratégias e modelos de negócios que forneçam uma vantagem competitiva uma vez que a transição para uma economia de baixo carbono seja alcançada.


Colaboração para recuperação

Embora a mudança climática exija ação imediata, é verdade que muitos governos priorizarão a recuperação econômica da pandemia ou a transição tecnológica. Assim como a COVID-19, os impactos das mudanças climáticas serão diferentes por país, mas é importante considerar que uma mudança em direção a uma produção e consumo mais verdes não pode ser adiada até que as economias se recuperem. "Mais uma vez, a colaboração público-privada se torna a chave para gerenciar com eficiência os riscos climáticos."

Sobre a Marsh

Marsh,  líder global em corretagem de seguros e soluções inovadoras de gerenciamento de riscos, conta com 35 mil colaboradores que aconselham clientes individuais e comerciais de todos os tamanhos em mais de 130 países. Pertence ao grupo Marsh & McLennan Companies (NYSE: MMC), uma companhia global de serviços profissionais nas áreas de risco, estratégia e pessoas. Com receita anual de mais de US $ 17 bilhões e cerca de 76 mil colegas em todo o mundo,  a MMC ajuda os clientes a navegar em um ambiente cada vez mais dinâmico e complexo através de quatro empresas líderes do mercado. Além de Marsh, também são parte da MMC a Guy Carpenter, a Mercer e a Oliver Wyman. Siga a Marsh no Twitter @MarshGlobalLinkedInFacebook; e YouTubeou assine o BRINK.