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Setor financeiro vem experimentando uma nova dinâmica com processos mais flexíveis, inclusão e acessibilidade.

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Autor: Rodrigo Nagase, Superintendente de Instituições Financeiras da Marsh Brasil

A transformação que vem ocorrendo nos últimos cinco anos no setor financeiro é consequência de um conjunto de fatores: a flexibilização e o incentivo do Banco Central, as adaptações das regulações e a criação do sandbox - ambiente em que entidades são autorizadas pelo BC a testar, por período determinado, projetos inovadores na área financeira ou de pagamentos, - além da mudança estrutural com novos empreendedores, capital e empresas, promovendo mais competitividade.

O foco das novas instituições financeiras (fintechs) está na transformação digital e na satisfação do usuário, na popularização e simplificação dos produtos e no atendimento personalizado, com soluções específicas para cada cliente, ou seja, uma abordagem completamente diferente do modelo experimentado no Brasil ao longo dos últimos anos.

O universo ainda não explorado é gigante, segundo dados do Banco Central, em 2020 mais de 10 milhões de pessoas passaram a ser bancarizadas, o que significa que iniciaram relacionamento com uma instituição financeira e estima-se que existam mais de 16 milhões de desbancarizados e aproximadamente 17 milhões de pessoas subatentidas no setor.

Os riscos associados à indústria não mudaram, sendo assim, o foco principal ainda são os produtos comumente oferecidos, como Responsabilidade Civil Diretores e Administradores, Erros e Omissões (FIPI) e POSI (Public Offering Securities Insurance). Contudo, o atual cenário enfrentado não é o mais favorável, já que existe um mercado com pouca aceitação para riscos e extremamente enrijecido em função do histórico de perdas financeiras enfrentadas pelas seguradoras. O resultado, segundo o relatório “Global Insurance Market Index” da Marsh, é um agravo médio de 40% nas taxas Globais e 17% para a América Latina. Outro ponto a ser observado, é o fato das fintechs não possuírem todas as informações necessárias para uma subscrição, o que acaba por vezes, resultando em declínios de aceitação ou taxas ainda mais elevadas.

Os riscos cibernéticos que assombram todos os setores também são parte das agendas na indústria e têm sido foco de massivos investimentos em ferramentas de mitigação. Assim como já citado anteriormente, o seguro de Cyber também passa por um período difícil em função da alta sinistralidade e sucessivos acontecimentos. A aceitação dos riscos, por parte das seguradoras, tem se tornado um desafio para a Marsh e nossa solução de avaliação do ambiente cibernético das empresas, como ferramenta de obtenção de dados para subscrição, vem se configurando como uma boa estratégia para superarmos os desafios impostos pelo cenário atual.

O setor financeiro se prepara para atender melhor o consumidor e, portanto, é imprescindível uma constante evolução e disposição para adaptações, em um cenário no qual a inovação, as tecnologias e as novas capacidades caminham de mãos dadas e devem ser desenvolvidas todos os dias.