Top10 de Riscos – Global Risks Report 2024
Riscos a 2 anos
1. Desinformação e informação falsa
2. Eventos climáticos extremos
3. Polarização social
4. Insegurança cibernética
5. Conflitos armados interestaduais
6. Falta de oportunidades económicas
7. Inflação
8. Migração involuntária
9. Recessão económica
10. Poluição
Riscos a 10 anos
1. Eventos climáticos extremos
2. Alterações críticas nos sistemas terrestres
3. Perda de biodiversidade e colapso dos ecossistemas
4. Escassez de recursos naturais
5. Desinformação e informação falsa
6. Resultados adversos das tecnologias de Inteligência Artificial
7. Migração involuntária
8. Insegurança cibernética
9. Polarização social
10. Poluição
Incerteza económica e desenvolvimento em declínio
Os próximos anos serão marcados por uma incerteza económica persistente e por crescentes clivagens económicas e tecnológicas. A falta de oportunidades económicas ocupa o sexto lugar nos próximos dois anos. A longo prazo, os obstáculos à mobilidade económica poderão aumentar, afastando grandes segmentos da população das oportunidades económicas. Os países propensos a conflitos ou vulneráveis às alterações climáticas podem ficar cada vez mais isolados do investimento, das tecnologias e da criação de emprego. Na ausência de vias para meios de subsistência seguros e protegidos, os indivíduos podem ser mais propensos ao crime, à militarização ou à radicalização.
Planeta em perigo
Os riscos ambientais continuam a dominar o panorama dos riscos em todos os horizontes temporais. Dois terços dos especialistas mundiais estão preocupados com eventos climáticos extremos em 2024. As condições climáticas extremas, as alterações críticas dos sistemas terrestres, a perda de biodiversidade e o colapso dos ecossistemas, a escassez de recursos naturais e a poluição representam cinco dos dez riscos mais graves que se preveem enfrentar na próxima década. No entanto, os especialistas inquiridos discordam quanto à urgência dos riscos apresentados – os inquiridos do setor privado acreditam que a maioria dos riscos ambientais se materializará num período de tempo mais longo do que a sociedade civil ou o governo, apontando para o risco crescente de se ultrapassar um ponto sem retorno.
Resposta aos riscos
O relatório apela aos líderes que repensem a ação para enfrentar os riscos globais. Recomenda também que se concentre a cooperação global na rápida construção de proteções para os riscos emergentes mais disruptivos, tais como acordos que abordem a integração da IA na tomada de decisão em caso de conflito. No entanto, o relatório também aborda outros tipos de ação que não precisam de depender exclusivamente da cooperação transfronteiriça, como o reforço da resiliência individual e estatal através de campanhas de literacia digital sobre desinformação e informação falsa, ou a promoção de uma maior investigação e desenvolvimento de modelos e tecnologias climáticas com potencial para acelerar a transição energética, com a contribuição dos setores público e privado.
Carolina Klint, Chief Commercial Officer da Marsh McLennan Europa, afirma: “Os avanços da inteligência artificial irão perturbar radicalmente as perspetivas de risco das organizações, com muitas a lutarem para reagir às ameaças decorrentes da desinformação, da desintermediação e do erro de cálculo estratégico. Ao mesmo tempo, as empresas estão a ter de negociar cadeias de abastecimento que se tornaram mais complexas devido à geopolítica, às alterações climáticas e às ciberameaças de um número crescente de agentes maliciosos. Será necessário um foco incansável para criar resiliência a nível organizacional, nacional e internacional – e uma maior cooperação entre os setores público e privado – para navegar neste cenário de risco em rápida evolução”.
John Scott, Head of Sustainability Risk do Zurich Insurance Group, afirma: “O mundo está a sofrer transformações estruturais significativas com a IA, as alterações climáticas, as mudanças geopolíticas e as transições demográficas. Os riscos conhecidos estão a intensificar-se e estão a surgir novos riscos – mas também oferecem oportunidades. As ações transfronteiriças coletivas e coordenadas desempenham o seu papel, mas as estratégias localizadas são fundamentais para reduzir o impacto dos riscos globais. As ações individuais dos cidadãos, das empresas e dos países podem fazer avançar a redução dos riscos globais, contribuindo para um mundo mais brilhante e mais seguro”.