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Maioria das empresas na América Latina considera importante implementar benefícios inclusivos para atender a diversidade de colaboradores, segundo pesquisa da Mercer Marsh Benefícios

Os desafios atuais para as empresas conseguirem equipes produtivas, saudáveis, diversificadas e sustentáveis se multiplicaram não só por conta da pandemia, mas também por novas exigências sociais.

  • 64% das organizações consideram muito importante implementar benefícios inclusivos em suas organizações.
  • Com ampliação do home office, 26% já implementaram um bônus para despesas domiciliares relacionadas ao trabalho remoto.
  • No Brasil, 82% das organizações afirmam que os benefícios inclusivos são diferenciais para reter e atrair colaboradores, e 79% dizem que essa modalidade faz parte da sua responsabilidade social e corporativa.

Os desafios atuais para as empresas conseguirem equipes produtivas, saudáveis, diversificadas e sustentáveis ​​se multiplicaram não só por conta da pandemia, mas também por novas exigências sociais. À medida que os locais de trabalho se diversificam, é crucial que as organizações revisem não apenas seus Planos de Saúde e Benefícios como parte de sua proposta de valor para os funcionários, mas como parte integrante de sua estratégia de Diversidade e Inclusão.

Para ajudar as empresas da América Latina a entender melhor as exigências dessa nova realidade, descobrir quais políticas e benefícios seus funcionários estão precisando e compartilhar as tendências e melhores práticas do mercado, a Mercer Marsh Benefícios realizou o estudo Reinventando os Benefícios, baseado em uma pesquisa com 647 empresas (51 empresas brasileiras) de 13 países e 18 setores de atividade.

Benefícios Inclusivos: a chave para o futuro do trabalho

Conforme o estudo, 64% das empresas da América Latina consideram muito importante a implantação de Benefícios Inclusivos, com foco em mulheres e portadores de deficiência. No entanto, apenas 18% aumentaram seus investimentos para melhorar e alinhar seus programas de benefícios inclusivos para seus colaboradores.

Essa falta de investimento é confirmada nos resultados de outro estudo recente da Mercer Marsh Benefícios. De acordo com o estudo Global Inclusive Benefits 2021, que foi realizado com 750 empresas (entre elas 107 brasileiras) uma alta porcentagem de empresas não possuem cobertura para estudos médicos preventivos como mamografias (63%), rastreio de câncer de próstata (71%) ou infecções sexualmente transmissíveis (81%). É interessante destacar que mais de 90% das empresas estão oferecendo o mesmo nível de cobertura de benefícios (deficiência, seguro de vida, seguro médico e de aposentadoria ...) para casais LGBTQ+, embora 86% não cubram o tratamento de afirmação de gênero, por não haver conhecimentos para implementá-lo.

Para se manterem competitivas como empregadores, as empresas devem analisar urgentemente a estrutura dos benefícios de saúde e bem-estar que oferecem a seus funcionários e avaliar qual é o impacto nos grupos minoritários e sub-representados. É crucial acelerar esta reinvenção para oferecer mais e melhores benefícios em um ambiente competitivo, diversificado e pós-pandêmico, de acordo com a consultoria Mercer Marsh Benefícios.

“A população é cada vez mais diversa e isso se reflete nos números do contingente atuante no mercado de trabalho. Por isso, é importante lembrar que os pacotes de benefícios tradicionais não atendem a todas as necessidades da organização com cultura e diversidade. Desta forma, é preciso pensar nas minorias, que representam uma parte expressiva da força de trabalho”, afirma Antonietta Medeiros, Diretora de Gestão de Saúde da Mercer Marsh Benefícios. “O desafio de atender da melhor maneira estes grupos é enorme e envolve ações urgentes de mudança nos benefícios tradicionais, que não atendem à pluralidade da população nas organizações”, complementa.

No Brasil, segundo a pesquisa da Mercer Marsh Benefícios, grande parte (82%) das organizações brasileiras afirma que os benefícios inclusivos são diferenciais para reter e atrair colaboradores, e 79% dizem que essa modalidade faz parte da sua responsabilidade social e corporativa.

Outra tendência vem dos impactos da pandemia. A Covid agravou as disparidades e lacunas para minorias e grupos sub-representados em relação à saúde e bem-estar no local de trabalho. Para eliminar quaisquer lacunas para minorias e grupos sub-representados, 64% vão rever as suas políticas de Diversidade e Inclusão (D&I) e aplicar treinamento para funcionários e diretores.

Ainda segundo o estudo, mais da metade (55%) vai criar políticas de D&I, e desenvolver programas estruturais para combater preconceitos no recrutamento contração e desenvolvimento de carreira, 45% vão implantar benefícios para combater disparidades sociais, educacionais e econômicas. Os serviços de telemedicina também passaram a ser um benefício mais oferecidos para os colaboradores em 73% das empresas.

Trabalho remoto e desconexão digital: chegou para ficar

Um dos efeitos colaterais da COVID-19, em termos de gestão de recursos humanos, está justamente no surgimento do trabalho remoto como solução para manter as empresas trabalhando e dar sustentabilidade aos postos de trabalho de milhões de pessoas ao redor do planeta. Por isso, não é de estranhar que mais de 69% dessas empresas estejam aplicando um modelo de trabalho remoto no dia a dia, o que também nos mostra que 16% já aplicaram esse tipo de mudança em suas políticas de trabalho, incluindo desconexão digital (direito dos funcionários de não realizar atividades relacionadas ao trabalho por meio de ferramentas digitais fora do horário de trabalho).

Melhor comunicação, mais rentabilidade

Ainda segundo o estudo, 42% das empresas participantes indicaram que pretendem incorporar ou potencializar um plano de comunicação interna sobre seu Programa de Benefícios, bem como acrescentar protocolos e medidas de autocuidado dentro e fora do local de trabalho. Outra das principais iniciativas é o fortalecimento dos Planos de Bem-estar e Saúde Integral para os funcionários e seus familiares e, muito especialmente, do plano de Saúde Mental: 38% afirmam que é uma das chaves de seus planos para os próximos meses.

Adaptar-se ou ... permanecer na mesma?

Os planos de benefícios devem ser dinâmicos e ajustar-se às necessidades da empresa e dos seus funcionários, razão pela qual 19% das empresas estão considerando implementar um esquema de Benefícios Flexíveis na sua empresa, alinhando esse plano com a cultura corporativa e com a pegada populacional da empresa, em termos de etapa e estilo de vida.