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Artigo

Segurança cibernética contra riscos invisíveis em usinas de açúcar

Usinas de açúcar e etanol enfrentam riscos cibernéticos crescentes devido à automação e integração entre sistemas OT e IT, ampliando a exposição a ataques.

O setor sucroenergético brasileiro é um pilar fundamental da economia nacional e da matriz energética sustentável do país. Atualmente, cerca de 75% da bioeletricidade produzida no Brasil tem origem na cana-de-açúcar, posicionando as usinas como protagonistas não apenas no agronegócio, mas também na segurança energética do Brasil.

Com essa relevância estratégica, cresce a preocupação com um risco até pouco tempo invisível: o risco cibernético. As usinas operam em ambientes altamente automatizados, onde PLCs (Controladores Lógicos Programáveis) gerenciam processos críticos como moendas, caldeiras, centrifugadoras e turbinas. Além disso, as usinas de energia dependem cada vez mais da integração entre sistemas de Tecnologia Operacional (OT) e Tecnologia da Informação (IT), o que amplia a superfície de ataque e os riscos cibernéticos. Embora essa automação e integração elevem a eficiência operacional, elas também ampliam a exposição a agentes maliciosos.

Imagine um cenário em que um invasor compromete o ambiente OT (Operational Technology) da usina e manipula o PLC responsável pelo moedor de cana:

  • Parâmetros essenciais como rotação, pressão ou alimentação da moenda podem ser alterados maliciosamente.
  • O impacto imediato seria a paralisação da produção de açúcar e etanol.
  • Além das perdas operacionais, há risco real de acidentes físicos, danos aos equipamentos e ameaças à segurança dos trabalhadores.

Diferentemente de ataques em sistemas corporativos de TI, aqui o impacto é direto na produção industrial, gerando prejuízos financeiros imediatos e afetando toda a cadeia de fornecimento.

O efeito do ataque ultrapassa o setor sucroenergético. As usinas são grandes geradoras de energia elétrica a partir da biomassa da cana, constituindo um dos pilares da matriz energética renovável do país. Uma interrupção na operação industrial compromete a entrega de energia ao Sistema Interligado Nacional (SIN). Assim, a cibersegurança das usinas deixou de ser uma questão apenas corporativa para se tornar um tema de infraestrutura crítica nacional.

Cyber Property Damage: quando o digital causa danos físicos

Um conceito essencial nesse contexto é o de Cyber Property Damage. Situações em que um ataque cibernético provoca danos materiais a ativos físicos. No ambiente das usinas, isso pode significar:

  • Queima de motores do moedor devido à alteração maliciosa dos parâmetros operacionais.
  • Explosões em caldeiras provocadas pela manipulação de sensores.
  • Danos estruturais em turbinas e geradores de bioeletricidade.

Marsh: a parceira ideal para transformar vulnerabilidade em vantagem operacional

Diante do aumento dos riscos cibernéticos, cresce a importância da contratação de seguros especializados para proteção contra esses eventos. Uma apólice de Cyber pode mitigar impactos financeiros, operacionais e reputacionais decorrentes de ataques cibernéticos em usinas.

Na Marsh, entendemos que a gestão de riscos em cibersegurança vai além da prevenção, abrangendo também a transferência adequada desses riscos. Contamos com ferramentas que identificam suas vulnerabilidades e permitem quantificar perdas relacionadas a paralisações.

Com isso, estruturamos coberturas personalizadas, com limites e sublimites adequados para proteger seu negócio de forma eficaz. Entre as principais coberturas oferecidas estão:

  • Custos de resposta a incidentes, incluindo investigação forense e comunicação aos órgãos reguladores.
  • Indenização por lucros cessantes decorrentes da paralisação da produção.
  • Cobertura para Cyber Property Damage, quando um ataque digital resulta em danos físicos a equipamentos industriais.
  • Reembolso de valores relacionados a pagamentos de resgates em casos de ransomware.

Assim, a apólice de Cyber se posiciona como um aliado estratégico fundamental para garantir a continuidade dos negócios, a resiliência operacional e a proteção da reputação das usinas frente ao avanço das ameaças digitais.

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