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Navegando por sinistros de catástrofes naturais: lições aprendidas com as recentes inundações

Catástrofes naturais, como as severas inundações na Espanha, Dubai e Brasil, têm sido fatores significativos para os pedidos de indenização de organizações multinacionais recentemente.

Catástrofes naturais, como as severas inundações na Espanha, Dubai e Brasil, têm sido fatores significativos para os pedidos de indenização de organizações multinacionais recentemente.

Importância do suporte a sinistros no local após um desastre natural

Catástrofes naturais, como as severas inundações na Espanha, Dubai e Brasil, têm sido fatores significativos para os pedidos de indenização de organizações multinacionais recentemente.

Com dados indicando que tanto a frequência quanto a severidade das catástrofes naturais estão aumentando, esses eventos proporcionaram aprendizados valiosos, destacando a necessidade de programas de seguro globais bem estruturados, com valores declarados com precisão e processos de gestão de riscos em vigor.

Importância do suporte a sinistros no local após um desastre natural

As organizações foram pegas de surpresa pelas inundações em novembro passado na cidade costeira espanhola de Valência. Partes da cidade receberam a quantidade de chuva de um ano em apenas oito horas, com consequências devastadoras. Parece que o volume de chuva, juntamente com a falta de planos de resposta a emergências eficazes, deixou muitas empresas mal preparadas para lidar com a crise. 

Além disso, o processo de sinistro de seguros para as perdas relacionadas às inundações tem sido altamente desafiador. As inundações acionaram o esquema de seguro estatal da Espanha, o Consorcio de Compensación de Seguros (CCS), que cobre riscos extraordinários (incluindo eventos de catástrofe natural) na Espanha. O esquema de seguro do CCS possui algumas considerações de cobertura únicas que devem ser observadas. Por exemplo, sob o CCS, a franquia é de 7% da perda. Esta disposição pode resultar em um impacto financeiro significativo para os segurados.

Na esteira das inundações em Valência, os gerentes de risco foram lembrados da importância de elaborar e praticar planos de resposta a emergências e implementar outras medidas de resiliência empresarial. O complicado processo de reivindicações destacou a necessidade de apoio no local após um desastre, de especialistas que falem a língua local e possam facilitar o acesso a ajustadores de perdas, advogados locais e outros especialistas. A Marsh, por exemplo, enviou especialistas para Valência para ajudar os clientes com sinistros após a inundação.

A comunicação é fundamental

Em regiões impactadas por desastres naturais, organizações multinacionais podem enfrentar dificuldades de comunicação com suas operações locais, cuja atenção está, compreensivelmente, focada nos impactos do incidente e na mitigação. As sedes geralmente estão situadas fora das regiões afetadas e, muitas vezes, há uma quebra no fluxo de informações. Por exemplo, houve problemas de comunicação no Rio Grande do Sul, Brasil, durante as inundações do ano passado. As organizações devem estabelecer protocolos e métodos de comunicação de backup para garantir um diálogo contínuo durante catástrofes naturais.

No que diz respeito à reintegração, as multinacionais muitas vezes deixam de aproveitar seu porte para estabelecer relacionamentos comerciais sólidos com os contratados, garantindo assim prioridade na execução dos trabalhos. Após os tufões que atingiram o Vietnã e Macau há alguns anos, a oferta de contratados disponíveis para a reintegração ficou muito aquém da demanda. Por isso, recomenda-se incluir cláusulas de prioridade nos contratos com fornecedores, pois, sob a ótica das reivindicações, quanto mais rápida a reintegração, menor será a perda financeira, resultando em uma redução significativa nas reivindicações por interrupção de negócios. Além disso, do ponto de vista comercial e reputacional, é fundamental que as empresas retomem suas operações normais o quanto antes.

Com dados que indicam o aumento da severidade e da frequência das catástrofes naturais, a gestão de riscos torna-se cada vez mais crucial, exigindo que as multinacionais estejam devidamente preparadas. É fundamental que revisem cuidadosamente a redação e os valores declarados em suas Apólices de Seguro de Todos os Riscos Patrimoniais. Frequentemente, identificamos valores declarados subestimados, o que eleva o risco de subseguro e, consequentemente, a aplicação da cláusula de média pelas seguradoras. A imposição dessa cláusula prejudica todas as partes envolvidas no processo de sinistros, pois pode resultar em custos significativos para os segurados.

Para enfrentar essas catástrofes naturais frequentes e severas, as organizações devem buscar segurança por meio de programas globais que possibilitem o acesso à expertise local e assegurem a existência de processos adequados de escalonamento para o gerenciamento eficiente das reivindicações. Atualmente, a maioria das reivindicações multinacionais é resolvida em nível local, o que torna essencial o suporte presencial após um desastre. Além disso, quando eventos extremos ocorrem, é fundamental que as organizações multinacionais avaliem sua gestão de crises, a fim de aprimorar sua capacidade de resposta em situações semelhantes no futuro.

Para mais informações sobre programas de seguros multinacionais e gestão de riscos, entre em contato com seu consultor da Marsh. 

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